Conforme acordado em setembro com o STML, o CA da EGEAC apresentou na segunda reunião com o Sindicato, de 17 de outubro, a sua proposta de aumentos salariais para o ano de 2022, estipulando um aumento de 2% com retroativos a janeiro. Informou-nos igualmente que deu instruções para que os trabalhadores recebessem os valores em causa já no recibo de vencimento deste mês (outubro).

O STML afirmou à administração da empresa ser este valor muito aquém da proposta de 90€ apresentada no início do ano, hoje já desatualizada face à brutal taxa de inflação que se verifica, logicamente indissociável da acelerada diminuição do poder de compra dos trabalhadores. Caberá, portanto, a estes últimos, avaliar esta decisão nas reuniões com o sindicato (que serão agendadas oportunamente), para além de perceber quais os eventuais caminhos a trilhar que melhor defendem os seus direitos e rendimentos.

STML reúne com o Conselho de Administração (CA)

No passado dia 13 de outubro, o STML reuniu finalmente com o CA do MARL, propositando avançar no processo negocial sobre o Acordo de Empresa (AE). Nesta reunião, a administração informou o Sindicato que já tem o aval da tutela, o Ministério da Economia, para avançar com as negociações. É ainda intenção da Administração englobar no processo negocial os profissionais de todos os mercados abastecedores (Lisboa, Braga, Évora e Faro), bem como aqueles que trabalham na SIMAB, empresa que gere as estruturas em causa.

O CA fez igualmente saber que realizou um estudo, socorrendo-se de uma consultora externa, por forma a poder respeitar as limitações orçamentais impostas pela tutela - na contratação de novos trabalhadores, por exemplo - mas, também, conforme assegurou, para estar em condições de responder às expectativas dos atuais profissionais do MARL.

Foi efetuado no passado dia 4 de outubro, pela Área de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho do STML, uma visita às antigas instalações da Manutenção Militar do Exército, onde foram alocados os diversos serviços do Regimento de Sapadores Bombeiros, nomeadamente a oficina auto, serviço de canalizadores, oficina de extintores, carpintaria, espólio afeto ao “Museu”, entre outros.

Vimos constatar mais uma vez que o atual comando do RSB descura as condições de trabalho dos seus operacionais, e à semelhança de outras situações, já ocorridas num passado recente, novamente os sapadores bombeiros são colocados em instalações que deixaram de servir para outras instituições por falta de condições de higiene e habitabilidade, sem serem dados os pareceres das entidades competentes (DSHS). Mais, havendo conhecimento prévio da deslocalização das oficinas e outros serviços que iriam acontecer devido às obras do metro de Lisboa.