A luta destes trabalhadores que ontem se realizou, convocada por FNSTFPS, STAL e STML, levou ao encerramento de muitos serviços autárquicos por todo o País, ou com os mesmos a funcionar muito parcialmente, o que é bem demonstrativo da grande mobilização destes profissionais em defesa das suas reivindicações e da sua dignificação profissional.

De Norte a Sul do País, e à semelhança do que sucedeu nos serviços da Administração Central, também em muitas câmaras municipais, juntas de freguesias e empresas municipais/municipalizadas, dezenas de serviços de Informática estiveram encerrados devido à greve dos trabalhadores deste sector.

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Os trabalhadores dizem não à destruição das carreiras de informática e exigem uma negociação séria e transparente que garanta, ainda, os seguintes objetivos:

• Valorização imediata de todos os trabalhadores das diversas carreiras;
• Insistir na necessidade de manter a Carreira de Informática como carreira pluricategorial;
• Garantia de integração dos trabalhadores da actual categoria de técnico informática adjunto na carreira de técnico de informática;

• Previsão dos cargos de "responsável de segurança" e "responsável de ponto de contacto permanente";

• Revogação do SIADAP e a substituição por um sistema justo.

AVANÇOS INSUFICIENTES

Na reunião de negociação, realizada no dia 19 de Julho, foram apresentadas, pelo governo, alterações ao projecto de Dec.-Lei de revisão das carreiras de informática, designadamente:

• Que em futura alteração de posicionamento remuneratório não pode resultar uma posição remuneratória inferior àquela que seria devida, por força da aplicação das regras da atual carreira;
• A criação de um cargo de coordenação de projetos ou actividades para as carreiras de especialista de sistemas e tecnologias de informação e de técnico de sistemas e tecnologias de informação;
• A manutenção da validade dos concursos de promoção cuja abertura tenha sido publicada em Diário da República;
• Alteração da proposta de estrutura da carreira de técnico de sistemas e tecnologias de informação, passando a terminar no nível remuneratório 42 em vez do 35;
• Alteração da proposta de estrutura da carreira de especialista de sistemas e tecnologias de informação, passando a terminar no nível remuneratório 62 em vez do 58.

Estes avanços, apesar de insuficientes, são resultados da luta que estes trabalhadores estão a travar, mas ainda é necessário o governo ir mais longe, pelo que, as estruturas sindicais solicitaram reunião complementar de negociação.

A força e a determinação da luta dos trabalhadores das carreiras de Informática determinarão o alcance das conquistas de direitos.

ABAIXO-ASSINADO A DECORRER

Neste momento está ainda a decorrer um abaixo-assinado «CONTRA A DESTRUIÇÃO DAS CARREIRAS DE INFORMÁTICA», em papel e online, que tem merecido uma adesão muito significativa dos trabalhadores destas carreiras.