Dia Internacional do Trabalhador
A luta dos trabalhadores portugueses tem subido de tom nos últimos meses com a força de quem trabalha! Perante as dificuldades que os trabalhadores e as suas famílias atravessam, o Governo PS demonstra, por um lado, uma passividade consciente e sempre exasperante, por outro, soluções tímidas que ficam muito aquém do necessário.
Não é de estranhar, portanto, que as suas opções políticas sejam alvo de uma forte e crescente contestação. Assim foi a 9 de fevereiro e a 18 de março, nas jornadas de luta convocadas pela CGTP-IN, também na greve nacional da administração pública a 17 de março, promovida pela Frente Comum, que o STML integra.
Razões não nos faltam para continuar a luta, exigindo o aumento e a valorização geral dos salários, dando força à reivindicação de um aumento intercalar de 10% com um mínimo de 100€ para todos os trabalhadores, além da revogação de um conjunto de matérias, concretamente o SIADAP, que continuam a prejudicar em grande medida quem corporiza os serviços públicos e as funções sociais do Estado, ou seja, os trabalhadores da administração pública.
Num contexto mais específico, relembramos os trabalhadores das autarquias, enquanto aqueles que auferem os salários mais baixos, além de justificarem e darem força a um conjunto de reivindicações, como a identificação e regulamentação das profissões de desgaste rápido ou a reposição do valor do trabalho suplementar (extraordinário), entre outras. É nas autarquias que laboram os trabalhadores dos setores operacionais, os mais fustigados pela política de baixos salários que urge combater e reverter.
Em termo mais latos, os trabalhadores e as populações continuam a ser confrontados com o aumento do custo de vida e a contínua escalada dos preços dos bens e serviços essenciais, sabendo que para muitas famílias, a escolha entre pagar as contas, a renda/empréstimo da casa ou pôr comida na mesa é uma realidade cada vez mais presente, pois os baixos salários e pensões acabam muito antes de se chegar ao fim do mês.
As funções sociais do Estado e os serviços públicos essenciais continuam sob intenso ataque. Por via do continuado desinvestimento e subfinanciamento e pela desvalorização dos salários, carreiras e profissões, abrem caminho ao aproveitamento dos privados, com particular destaque para o ataque em curso ao SNS e à Escola Pública.
Ao mesmo tempo, e à vista de todos, aumenta a acumulação de lucros potenciada pela especulação, expondo o ultrajante contraste entre as condições de vida da maioria da população e os imensos lucros de sectores como a grande distribuição, a banca ou a energia.
Razões mais do que suficientes para que o 1º de Maio seja uma grande jornada de luta, com a exigência do aumento dos salários e pensões, de medidas imediatas de combate ao aumento do custo de vida como a fixação de limites máximos nos preços dos bens e serviços essenciais e a taxação extraordinária sobre os lucros colossais das grandes empresas, o reforço dos serviços públicos e funções sociais do Estado e a garantia do direito à habitação, exigindo ao governo medidas que valorizem o trabalho e os trabalhadores.
No nosso Dia, o 1ºde Maio, Dia Internacional do Trabalhador, estaremos às 15h00 no Martim Moniz de onde sairemos até à Alameda. O ponto de encontro dos trabalhadores do município de Lisboa será do lado do Centro Comercial da Mouraria, junto à paragem da Carris. A luta sai à rua! Contigo, connosco, com todos, temos sempre mais força!
Alavanca o teu Sindicato!
Sindicaliza-te no STML.
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