Concentração às 15h00 no Largo de Camões.
Pré-aviso de greve das 12h00 às 21h00.
Os preços dos bens essenciais, das rendas, das energias, das telecomunicações, dos combustíveis, aumentam sem parar, mas os salários parecem diminuir a um ritmo ainda mais acelerado. O Governo PS continua a fazer de conta que tudo corre bem…
A 17 de janeiro Fernando Medina afirmou que “a nossa política salarial é a política adequada para responder às necessidades de assegurar o poder de compra durante o ano de 2023, sem com isso contribuir para um aumento das tensões inflacionistas no nosso país”. Descaramento e falta de vergonha não parece faltar aos membros do atual Governo liderado por António Costa.
Para os trabalhadores da administração pública, os aumentos verificados este ano são, em média (3,6%), sempre bastante inferiores à taxa de inflação prevista (5,8%), ou seja, 2023 será por este caminho mais um ano em que haverá diminuição do poder de compra dos trabalhadores, com a degradação das suas condições de vida associado a um acelerado empobrecimento.
Em suma, nos últimos 14 anos (de 2009 a 2023), os trabalhadores em funções públicas viram os seus rendimentos diminuir cerca de 20%!
Relembramos que em 2022, houve a maior subida dos preços de bens e serviços dos últimos 30 anos! Os produtos alimentares, por exemplo, aumentaram 18,9%, enquanto os produtos energéticos 23,7%. Se não bastasse, em janeiro deste ano, os trabalhadores portugueses foram confrontados com novos aumentos, nomeadamente nos preços de bens e serviços essenciais, transportes, portagens, comunicações ou habitação.
Trata-se de uma inevitabilidade?
De maneira alguma!
Estamos perante um Governo que ignora as dificuldades crescentes de quem trabalha, mas que não olha a meios para favorecer quem lucra à conta da crise, seja ela em formato de uma pandemia ou de uma guerra para a qual os trabalhadores em nada contribuíram. É pertinente relembrar que nos primeiros nove meses de 2022, as grandes empresas e grupos económicos acumularam lucros na ordem dos 4 mil milhões de euros (?!).
Contra a política de dois pesos e duas medidas, os trabalhadores têm que organizar o seu descontentamento e avançar com a luta por melhores condições de trabalho e de vida. A história já nos demonstrou inúmeras vezes que nada nos ‘cai do céu’. Os direitos e os nossos rendimentos foram sempre conquistados pela luta árdua e determinada de quem trabalha. Os tempos que vivemos não são exceção.
A luta sai à rua já no dia 9 de fevereiro:
- pelo aumento dos salários em 10%, com um mínimo de 100€ para todos os trabalhadores;
- Aumento da 1ª posição da TRU em 850€.
- Atualização do subsídio de refeição para 9€.
- Revogação do SIADAP.
- Reposição do pagamento das horas extraordinárias.
- Desconto de 1,5% para a ADSE sobre 12 meses.
- Identificação e regulamentação das profissões de desgaste rápido, entre muitas outras reivindicações.
Dia 9 de fevereiro, estaremos em força no Largo do Camões a partir das 15h00, de onde sairemos rumo à Assembleia da República
É tempo de erguer a voz, unir forças e vontades!
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