Aos Sapadores Bombeiros |
Quarta, 21 Dezembro 2022 12:27 |
STML reúne com a Secretária de Estado da Proteção Civil
No passado dia 29 de novembro, o STML reuniu-se no Ministério da Administração Interna com a Secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, no âmbito da revisão e consequente discussão de um novo diploma estatutário para os bombeiros sapadores. Em síntese, damos a conhecer a posição do STML relativamente a um conjunto de temas que, no nosso entender, bem como no entender dos seus associados, no decorrer das negociações, além de justos e justificados, devem ser tidos em séria consideração pelos poderes públicos. Importa salientar que no âmbito do processo negocial, estes poderes se distribuem por quatro tutelas, nomeadamente a Secretaria de Estado da Proteção Civil, Secretaria de Estado da Administração Pública, Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e a Secretaria de Estado que tutela as Finanças. Trata-se de um contexto negocial que poderá tornar todo este processo extremamente difícil e ingrato. No complexo de assuntos tangentes à revisão do estatuto profissional dos sapadores bombeiros, bem como no contexto da melhoria e valorização das condições salariais e laborais dos trabalhadores da Administração Pública para o ano de 2023, resumimos algumas das principais reivindicações. Assim, Reforma aos 55 anos para o quadro de Praças – Sapador Bombeiro até Subchefe Principal. Reforma aos 60 anos para o quadro de Chefes – Chefe de 2.ª até Chefe Principal. Bonificação de 20% por cada ano de serviço (corresponde a 1 ano por cada 5 de serviço). Aposentação com 36 anos de serviço. Entendemos que o amento salarial para a carreira de bombeiro sapador não se deve ficar pelos 52€, reivindicando mais 52€, conforme foi atribuído a todos os trabalhadores da Administração Pública que exercem funções de Assistentes Técnicos. Exigimos igualmente uma valorização salarial por antiguidade, preconizando um aumento de 2 escalões para trabalhadores acima de 30 anos de atividade e 1 escalão para trabalhadores com carreiras acima dos 15 anos.
Defendemos um sistema avaliativo sem quotas, a fim de permitir uma justa avaliação que permita a progressão em 3 anos. Em 2002, um sapador bombeiro no início de carreira auferia cerca de 2.7 vezes a remuneração mínima garantida. Passados vinte anos, em 2022, um sapador bombeiro no início de carreira aufere apenas 1.3 vezes a remuneração mínima garantida. Em função do exposto, pretende-se um vencimento base de 1 vez e meia o correspondente ao salário mínimo nacional para um sapador bombeiro no início de carreira, aplicando os suplementos remuneratórios para alem deste valor. Os suplementos remuneratórios deverão ser desanexados da remuneração base e pagos nos seguintes termos:
Entendemos que o recurso ao regime da disponibilidade permanente dever ser permitido apenas e só para as situações de calamidade ou sinistros em que o efetivo de socorro diário se mostre insuficiente para a prestação adequada naquela situação concreta de socorro, e nunca para, com a disponibilidade permanente, preencher ou colmatar faltas ou insuficiências do efetivo necessário para a normal prestação. Por conseguinte, entendemos que deve ficar expressamente consagrado que a chamada do trabalhador ao abrigo da disponibilidade permanente determinará sempre o pagamento dos suplementos legais, designadamente o pagamento de trabalho suplementar e subsídio de alimentação, sem prejuízo do pagamento do suplemento próprio. Propomos a alteração do n.º1 do art.º 23.º do Decreto-Lei 106/2002 para a possibilidade de se efetuarem 24 horas contínuas de trabalho, regime que tem demonstrado ser o mais adequado às exigências desta atividade de prestação de socorro, salvaguardando o pagamento dos suplementos remuneratórios que a lei consagra, na parte que excede o regime geral de 35 horas semanais, como para todos os trabalhadores da Administração Pública. Consideramos a necessidade de acautelar que neste estatuto consagre a profissão de bombeiro profissional como uma de desgaste rápido. São estas algumas das matérias às quais o STML irá exigir respostas por parte dos responsáveis governamentais, procurando em todas as dimensões possíveis defender os direitos, expetativas e interesses dos sapadores bombeiros de Lisboa.
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