Plenários Gerais de Trabalhadores da CML |
Quinta, 29 Maio 2014 10:32 |
Resolução Plenários Gerais de Trabalhadores da CML - dias 26 e 28 de Maio -
O STML e o STAL têm denunciando de forma sistemática o desinvestimento nos mais diversos sectores, com consequências visíveis na falta de meios humanos e de meios materiais para o desenvolvimento das tarefas normais do dia-a-dia. Além do mais, torna-se extremamente criticável o constante recurso a serviços externos (a privados) que podem e devem ser executados com os meios próprios da Câmara Municipal. Refletindo-se na qualidade do serviço prestado a quem vive e trabalha em Lisboa, estas opções de desinvestimento foram agravadas com a opção de desintegrar serviços municipais, face à descentralização de um conjunto de competências para as Juntas de Freguesia, num ato de desresponsabilização e desmantelamento de serviços e valências que a CML detinha, estando neste momento em curso a 2ª fase da transição de trabalhadores para as Juntas de Freguesia, desconhecendo-se ainda os critérios objectivos a adoptar na seleção dos trabalhadores envolvidos. O exemplo da Limpeza Urbana é sintomático da nossa constatação. Verifica-se diariamente o incumprimento de cerca de 20% dos circuitos, tendo os trabalhadores manifestado sempre a sua discordância com este processo. São eles que estão a suportar os custos desta "aventura", com sobrecargas das jornadas de trabalho, redução de efetivos para executar as tarefas diárias e pressões inadmissíveis para terminarem circuitos cada vez maiores, para além da falta de condições nas 8 instalações que restaram para a CML e nas oficinas de manutenção mecânica do DRMM. Cada vez mais viaturas têm ficado demasiado tempo inoperacionais, sendo frequente o recurso à reparação no exterior, devido à falta de autorização de despesa e à gestão caótica do stock de peças, recorrendo ainda a trabalhadores dos contratos de inserção e emprego, que apenas ganham 20% do subsidio de desemprego e sem qualquer espectativa de integração nos mapas do município, para tentar disfarçar a falta de pessoal, tal como acontece em outros setores. Outro exemplo é no RSB, onde faltam fardamentos e EPI's, onde o parque de viaturas está envelhecido e incompleto para as necessidades diárias, o quadro de chefias está reduzido a 25% das necessidades e onde graça também a falta de efetivos suficientes para preencher as guarnições mínimas no socorro à cidade, colocando em perigo a vida e bens dos lisboetas, bem como a dos próprios bombeiros. Tal como o governo PSD/CDS, utiliza o argumento da pouca disponibilidade financeira do país para roubar remunerações e direitos aos trabalhadores e justificar as privatizações, também o executivo PS da cidade, utiliza o mesmo argumento para não criar melhores condições de trabalho, desfavorecendo por esta via, a prestação de serviço público de qualidade, eficiente e económico. Os trabalhadores da CML decidem:
Decidem ainda,
E,
Lisboa, 28 de Maio de 2014
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