Plenários Gerais dos Trabalhadores - Políticas da CML colocam em causa serviço público |
Quinta, 22 Maio 2014 09:49 |
Plenários Gerais de Trabalhadores da 26 de Maio às 23h30 no Refeitório dos Olivais 28 de Maio às 14h30 na Praça do Município
Os trabalhadores da CML têm assistido, nos últimos anos, ao definhamento dos serviços públicos municipais, resultante das políticas seguidas pelos sucessivos executivos da autarquia. O STML e o STAL têm denunciado de forma sistemática o desinvestimento nos mais diversos sectores, com consequências visíveis na falta de meios humanos e de meios materiais para o desenvolvimento das tarefas normais do dia-a-dia. Além do mais, torna-se extremamente criticável o constante recurso a serviços externos (a privados) que podem e devem ser executados com os meios próprios da Câmara Municipal. Contudo, estes problemas têm-se tornado ultimamente insustentáveis, face a estas más opções políticas, quer para o funcionamento dos serviços municipais quer, principalmente, para os trabalhadores. Tal como o governo PSD/CDS utiliza o argumento da pouca disponibilidade financeira do país para roubar remunerações e direitos aos trabalhadores e justificar as privatizações, também o executivo PS da cidade, utiliza o mesmo argumento para não criar melhores condições de trabalho, desfavorecendo por esta via a prestação de serviço público de qualidade, eficiente e económico. Refletindo-se na qualidade do serviço prestado a quem vive e trabalha em Lisboa, estas opções de desinvestimento foram agravadas com a opção de desintegrar serviços municipais face à descentralização de um conjunto de competências para as Juntas de Freguesia, num ato de desresponsabilização e desmantelamento de serviços e valências que a CML detinha, estando neste momento em curso a 2ª fase da transição de trabalhadores para as Juntas.
Os trabalhadores, legitima e logicamente, questionam-se sobre qual será futuro da CML e da cidade? Será um futuro de concessão a privados dos serviços municipais? Será o de obter uma cidade virada apenas para grandes eventos promovidos por privados, alguns de utilidade duvidosa para a cidade e que em muitos casos beneficiam de isenções de taxas, além de receberem da autarquia apoios financeiros quando a mesma afirma estar a passar por dificuldades de tesouraria? Quererá António Costa, uma cidade apenas virada para os turistas e para a construção de ‘hotéis de charme’, em detrimento da qualidade de vida para quem habita e trabalha em Lisboa?
Com o objetivo de denunciar, uma vez mais, estas opções, o STML e o STAL promovem dois plenários gerais para os trabalhadores da CML: dia 26 de Maio às 23h30 no Refeitório dos Olivais com dispensa sindical das 22h00 às 02h00 e dia 28 às 14h30 no Paços do Concelho com dispensa sindical das 13h00 às 21h00, como sinal de protesto.
O envolvimento de todos os trabalhadores é o garante imprescindível no processo de luta na defesa dos nossos direitos e dos nossos postos de trabalho, defendendo simultaneamente os interesses da população de Lisboa e serviços públicos de qualidade.
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