Os espaços verdes da cidade de Lisboa, que a autarquia ainda não concessionou a privados, estão na eminência de ficarem votados ao abandono devido à paralisação dos trabalhadores/ jardineiros da CML.

Esta paralisação, com início no dia de ontem no Parque Eduardo VII, a 18 de fevereiro, deve-se estender a outros locais de trabalho nos próximos dias.

Na origem desta paralisação, está o facto de não estarem asseguradas as condições mínimas de saúde e higiene dos trabalhadores, e mais concretamente no corte do fornecimento de gás, essencial à higiene pessoal no fim das jornadas de trabalho. Supostamente, este corte é o resultado da falta de pagamento da CML ao respetivo fornecedor, não se vislumbrando no imediato a sua normalização.

O STML, considera lamentável que o executivo liderado por Antonio Costa tenha deixado a situação chegar a este ponto, demonstrando claramente uma má política e uma pior gestão no que diz respeito à satisfação das necessidades incontornáveis dos trabalhadores do município. Matérias que têm uma importância vital na prossecução eficiente e eficaz das tarefas desenvolvidas por estes trabalhadores perante a cidade e os lisboetas.

Mais uma vez se constata um inaceitável desrespeito do atual executivo camarário perante os direitos e os interesses dos trabalhadores / jardineiros da Câmara Municipal que, constantemente, são relegados para segundo plano.

No momento atual verificamos que estes trabalhadores, em número já insuficiente face às atuais necessidades, têm contudo sido obrigados a uma maior carga de trabalho. O aumento da sua área de intervenção, com a inclusão dos espaços verdes situados na freguesia do Parque das Nações, leva-nos a contestar ainda mais veementemente a negligência da CML.

Agradecemos a vossa colaboração na divulgação destes problemas, cuja influência é determinante na qualidade da nossa cidade para quem vive, trabalha ou visita Lisboa.