Informação à população de Lisboa |
Quinta, 12 Dezembro 2013 14:36 |
Como é do conhecimento de todos, o funcionamento da cidade de Lisboa está muito dependente das funções desempenhadas pela Câmara Municipal - na limpeza através dos seus trabalhadores, no cuidar dos espaços verdes, na recolha do lixo, no cuidar das crianças nas escolas, no apoio às atividades desportivas e culturais, e todo um outro conjunto de atividades e funções não visíveis mas que são determinantes à qualidade de vida dos munícipes e ao pleno funcionamento da cidade, importância maior quando falamos da capital do país e uma das cidades mais emblemáticas do continente europeu. Mas o que certamente não sabe, é que uma grande parte destes trabalhadores se vê a braços com inúmeras dificuldades no seu local de trabalho, para além da evidente falta de meios humanos. Destacamos a falta de fardamentos, de calçado adequado às funções que desempenham, ou a falta de condições de trabalho nas instalações, onde com frequência se observa a falta de gás e água quente; ou ainda a falta de peças e material diverso nas oficinas, alimentando grandes e graves deficiências nas viaturas que recolhem o lixo, colocando obviamente em perigo, tanto trabalhadores como munícipes, entre muitas outras carências que demonstram uma falta de consideração e respeito pelos trabalhadores do município, com inevitáveis reflexos na qualidade do serviço prestado à população, a si. É este "filme" de degradação e de falta de investimento que está em curso. Um caminho que visa criar as condições para qualquer dia surgir o discurso da necessidade de privatizar. Contudo, por agora, a CML parece ter encontrado a "galinha de ovos de ouro". Aposta numa descentralização de competências imposta às Juntas de Freguesia; transferindo definitivamente áreas de intervenção e trabalhadores da Câmara. A pergunta que agora se impõe é a seguinte: têm as Juntas de Freguesia condições para resolver os problemas que a CML não conseguiu? Já sabemos que dirão que as Juntas são os órgãos de proximidade, que melhor conhecem o terreno. Bem o sabemos. Mas as Juntas só poderiam exercer essa função se para as mesmas fossem transferidas as verbas que lhes permitissem assumir esse importante papel. Mas isso não vai acontecer. E quem vos disser o contrário, não diz a verdade!
Caros Munícipes, Os trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa apelam à vossa solidariedade na luta que se vai realizar em defesa dos serviços públicos municipais, assim como na exigência da qualidade da prestação desses mesmos serviços. A nossa luta é em defesa dos nossos direitos e em defesa dos seus direitos enquanto morador ou cidadão que usufrui da cidade de Lisboa.
Os Trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa estarão em Greve de 24 a 27 de dezembro Após consulta aos trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa, o STML colocou um pré-aviso de greve para a semana de 23 a 27 de Dezembro. Estaremos em greve porque não aceitamos o esvaziamento da CML e das suas competências! Não aceitamos ser transferidos para uma qualquer junta de freguesia sem garantia nem salvaguarda no que diz respeito aos nossos direitos, rendimentos e vínculo laboral! Não aceitamos liminarmente a extinção do nosso posto de trabalho! Não aceitamos a imposição do fantasma da mobilidade! Não aceitamos falsos argumentos para justificar a privatização, concessão ou externalização dos serviços públicos municipais! António Costa pode e deve inverter este processo em prol dos interesses dos trabalhadores do município. Basta considerar todos os serviços municipais como integrando as competências da CML, considerando-as indispensáveis e indissociáveis às ‘áreas estruturantes’ da cidade. António Costa deve comprometer-se inequivocamente com os trabalhadores e com as suas estruturas representativas, criando os mecanismos exequíveis, transparentes e justos no que diz respeito à manutenção de todos os direitos e remunerações que os trabalhadores da CML têm e auferem atualmente. Não aceitamos mais nenhuma regressão no que diz respeito às nossas condições de trabalho e de vida! Enquanto não estiver garantido o nosso futuro, os trabalhadores da CML irão lutar com todas as armas à sua disposição e por isso afirmamos que estaremos em greve!
Para os trabalhadores do período diurno da limpeza urbana:
Dia 24, 26 e 27 de Dezembro!
Para os trabalhadores do período noturno da limpeza urbana: Dia 23/24, 26/27 e 27/28;
Para TODOS os trabalhadores da CML: Dia 26 de Dezembro.
Greve ao trabalho extraordinário de 24 de Dezembro a 5 de Janeiro.
Só unidos e mobilizados conseguiremos defender os nossos interesses!
Para defender o posto de trabalho e o serviço público municipal, a resposta é a GREVE!
A luta é a nossa arma e quem trabalha não desarma!
António Costa tem que ouvir os trabalhadores!
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