Um voto de luta e contestação às politicas que nos roubam os salários, os direitos e nos hipotecam o futuro!

No próximo dia 23 de Janeiro realizam-se as eleições para a presidência da República. Também neste dia, os trabalhadores portugueses em geral e os trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa em particular, deverão demonstrar com o seu voto, o descontentamento e2 o seu protesto pelas políticas de direita defendidas e implementadas nos últimos anos.

O actual presidente da República, Cavaco Silva, também ele candidato, foi e continua a ser, um dos responsáveis máximos pelo agravar do estado económico-social no nosso país.

Relembramos os 10 anos em que Cavaco Silva foi primeiro-ministro e as opções políticas que então defendeu que implicaram por exemplo, a destruição das pescas e da agricultura portuguesa; a criação das parcerias pública - privadas, uma das medidas que se revelaram autênticos cancros da nossa sociedade, responsáveis por prejuízos de milhões de euros, dinheiro que é sugado ao erário público para encher os bolsos a meia dúzia de grandes empresários e grandes grupos económicos, como é o caso evidente do Grupo José Mello, responsável pela exploração de inúmeros equipamentos na área da saúde, com destaque para o Hospital Amadora/Sintra ou ainda, a implementação da tese “melhor Estado, menos Estado” que conduziu à desvirtuação, redução e extinção dos serviços públicos e, simultaneamente, no ataque às funções sociais do Estado nas áreas da saúde, da educação, da segurança social, da habitação ou da justiça.

Os últimos 5 anos não foram diferentes, Cavaco Silva mantém a sua coerência, quer nas suas opções políticas quer, simultaneamente, nos interesses que sempre defendeu de forma intransigente. A cumplicidade com o PS e PSD para a aprovação do Orçamento de Estado para 2011, o mesmo que prevê a redução de salários, a diminuição e extinção dos benefícios ficais na área da saúde e educação, o aumento dos impostos, IVA e IRS, o desinvestimento no Sistema Nacional de Saúde e na escola pública, entre outras gravosas medidas, demonstram inequivocamente que, Cavaco Silva não defende os interesses dos trabalhadores e do povo português e muito menos do nosso País, assim o patenteou igualmente no seu consentimento com os vários PEC’s aplicados ao longo do ano de 2010.

Derrotar as políticas de direita, as mesmas que nos roubam os salários, nos aumentam os impostos, nos diminuem o poder de compra, nos hipotecam o nosso futuro e o futuro dos nossos filhos, deve ser uma obrigação de todos aqueles que sentem a “mão pesada”, injusta e arbitrária das medidas aplicadas e justificadas por uma crise para a qual não contribuíram em nada, crise criada e fomentada pelo sector financeiro e sempre com a complacência dos vários governos PS, PSD, com ou sem o CDS, e na qual, Cavaco Silva está fortemente comprometido, como no caso específico do BPN e nos mais de 5 mil milhões de euros injectados neste banco, dinheiro dos contribuintes portugueses. Se hoje temos um défice elevado, que justifica a implementação de sucessivos planos de austeridade, em grande medida se deve à injecção de milhares de milhões de euros no sector financeiro, com maior evidência para o já referido BPN.

No dia 23 de Janeiro os trabalhadores portugueses têm a oportunidade de demonstrar o seu repúdio através do voto! Um voto contra as políticas de direita, um voto na esquerda democrática e patriota, um voto em defesa dos nossos direitos e das nossas aspirações. Um voto de ruptura com o actual “estado de coisas”. Decide, também neste dia, o teu futuro!