A luta dos trabalhadores constitui grande motor do desenvolvimento humano e do progresso social, indissociável da justa aspiração a uma vida melhor paratodos, pela conquista e afirmação dos direitos sociais e laborais e por significativos avanços civilizacionais.

Foi a luta dos trabalhadores que contribuiu para afastar o governo PSD/CDS e para a alteração da correlação de forças na Assembleia da República, tornando possível e expectável um processo de reposição de salários cortados, rendimentos e direitos. Foram criadas condições para uma efetiva mudança de políticas e é isto que os trabalhadores exigem do governo do PS, verificando-se da parte deste, no entanto, uma marcada resistência à mudança em áreas que são cruciais. 

Os trabalhadores da Administração Pública continuarão, também, a sua luta! É uma luta de todos e que interessa a todos, pela valorização e democratização no acesso às funções sociais do Estado, com serviços públicos de qualidade e universais, que respondam aos anseios das populações e aos interesses de progresso do País. Essas funções requerem trabalhadores dignificados, motivados, valorizados e com direitos. 

Os interesses do grande capital continuam a sobrepor-se aos dos trabalhadores e do povo. Não tem de ser assim: são essas, no entanto, as opções do governo. Para tal contribui, de forma decisiva, a submissão aos constrangimentos, chantagens e imposições do Euro e da União Europeia. Assistimos, até, a um crescendo de convergência do governo do PS, com o PSD, com o CDS e com o grande capital em questões fundamentais como são a legislação laboral, a recusa da reposição do pagamento integral do trabalho extraordinário (a valores de 2010), da devolução dos 25 dias de férias, da eliminação da adaptabilidade, dos bancos de horas e da caducidade das convenções coletivas e da reintrodução do princípio do tratamento mais favorável na contratação coletiva.

Proposta Reinvindicativa Comum 2019 aqui!