12 Novembro - Greve Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública.

A greve nacional da administração pública convocada para hoje, dia 12 de novembro, pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (FCSAP), que o STML integra, está a revelar uma forte adesão pelos trabalhadores de norte a sul do país. Lisboa não é exceção!

Nos sectores operacionais da CML, destaca-se por exemplo a forte adesão nas Oficinas de reparação e manutenção mecânica, também na Higiene Urbana, onde cerca de 70% dos circuitos de remoção ficaram por fazer, sublinhando no período noturno a adesão de 78% no Centro Operacional de Remoção (Olivais). No Regimento de Sapadores Bombeiros, a adesão foi bastante significativa sendo que em metade dos Quartéis se registaram valores na ordem dos 100%. Na EGEAC, sublinha-se o encerramento do Museu da Marioneta ou a suspensão dos espetáculos previstos em diversos equipamentos culturais como no Teatro Luís de Camões (Lu.Ca), estando o Castelo de São Jorge a funcionar apenas com bilheteira online. Nos setores operacionais das juntas de freguesia, principalmente na limpeza urbana, ou nos sectores técnicos e administrativos da CML, muitos foram os trabalhadores que deixaram bem vincado o seu protesto perante um Governo que teima em não dar resposta às suas principais reivindicações.

Contudo, a Greve Nacional de 12 de novembro não foi um fim em si mesmo. O processo reivindicativo tem que continuar! A luta por melhores salários e pela reposição dos direitos esbulhados no período da troika (do PSD/CDS), terá um novo momento já no próximo dia 20 de novembro para todos os trabalhadores, em particular para os do município de Lisboa – Câmara, Empresas Municipais e Juntas de Freguesia.

Dando continuidade à grande expressão que foi a greve nacional dos trabalhadores do sector público estaremos firmes e determinados na manifestação nacional convocada pela CGTP-IN, com concentração às 14h30 na Rua Braamcamp ao Marquês de Pombal. Lutamos com razão e justeza!

Lutamos e continuaremos a lutar, entre outras reivindicações, pelo (a):

•  Aumento dos salários em 90€ para todos os trabalhadores, já em janeiro de 2022;
•  Revisão da Tabela Remuneratória Única (TRU) com a definição da 1ª posição da TRU nos 850€;
•  Reposição das carreiras;
•  Atualização do subsídio de almoço para 7,50€;
•  Extensão e atualização do suplemento de insalubridade e penosidade;
•  Revogação do SIADAP;
•  Identificação e regulamentação das profissões de desgaste rápido;
•  Aposentação aos 36 anos de serviço;
•  Reposição da quotização de 1,5% para a ADSE sobre 12 meses.

De palavras vazias de conteúdo estamos fartos! Perante um Governo que passa o tempo a afirmar preocupação e sensibilidade perante as dificuldades de quem trabalha, sem porém assumir decisões concretas que deem resposta aos nossos problemas, só um caminho é possível: a luta organizada e consciente de cada um, de todos! Unidos e mobilizados fomos, somos e seremos sempre mais fortes! Não baixamos os braços e não calamos o nosso protesto!