Perante o plano de contingência apresentado pela CML, que obrigou ao encerramento ao público dos vários equipamentos sob alçada da EGEAC, mantendo-se os respetivos trabalhadores limitados ao trabalho em BackOffice, não se compreende como o Castelo de São Jorge, o equipamento cultural mais visitado de Lisboa, não implementou decisão idêntica e transversal em todas as suas áreas de trabalho.
Os trabalhadores do Castelo de São Jorge não podem ficar reféns da lógica meramente economicista, que aparentemente justifica a manutenção do seu funcionamento. Não podem ser desconsiderados, ao ponto de se ignorar os riscos potenciais associados à pandemia do covid-19.
Apesar de nos últimos dias se ter verificado uma redução significativa no turismo da cidade, o Castelo de São Jorge continua a receber muitos turistas oriundos de todas as partes do mundo. Trata-se, neste sentido, de um risco elevadíssimo de contágio e propagação que deve ser tido em conta nas medidas a implementar impreterivelmente neste local de trabalho.
Se as atividades educativas, lúdicas e recreativas, geralmente desenvolvidas no interior do Castelo foram suspensas, como é possível que os trabalhadores da bilheteira, com contacto permanente com o público, continuem a trabalhar?
O Sindicato junta-se aos trabalhadores no protesto perante uma irresponsabilidade que, tanto a CML, como o Conselho de Administração (CA) da EGEAC, assumiram. À semelhança de outros espaços de fruição cultural, o Castelo de São Jorge deve implementar as medidas necessárias com vista à prevenção e proteção dos seus trabalhadores, mas também de turistas e visitantes.
O STML irá intervir junto do CA da empresa no sentido do mais brevemente possível, serem assumidas decisões que salvaguardem a saúde pública neste espaço, além de, paralelamente, avaliar com os trabalhadores os melhores caminhos à salvaguarda da sua saúde e bem-estar.
Informados e mobilizados somos mais fortes! Com o nosso, o Teu Sindicato!
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