- STML reúne com o Conselho de Administração (CA) -
A 5 de julho, teve lugar mais uma ronda negocial entre o STML e o Conselho de Administração (CA) da EGEAC, sobre os aumentos salariais para 2019.
Em inícios de 2019, conjugando a conclusão tardia, mas satisfatória, dos aumentos salariais respeitantes a 2018, o STML, após auscultação e debate com os trabalhadores da empresa, apresentou ao CA a proposta para o ano corrente. Reivindicamos o aumento de 4%, com um mínimo de 62,00€.
O processo negocial foi assim aberto, procurando desde logo evitar o sucedido no ano transato, pautado por uma estratégia de sucessivos adiamentos, da qual o Sindicato foi sempre alheio, protelando o CA uma decisão derradeira, só alcançada definitivamente, como referido, em janeiro deste ano.
Para 2019, desde logo assumido, o objetivo de concluir o processo de negociação salarial anual até ao mês de março, inclusive. Propósito que o Sindicato partilhou com o CA e do qual não obteve qualquer discordância.
Mas da teoria à prática, as distâncias são por vezes infindáveis, para não afirmar indecifráveis. Da primeira reunião a 22 de janeiro, já se realizaram mais quatro, a 25 de fevereiro, 27 de março, 27 de maio e agora a 5 de julho... e parece estarmos ainda longe do término da negociação.
No início do processo e após avaliação da proposta do STML, o CA admitiu que para 2019, a sua contraproposta teria como referência a taxa de inflação. A inflação, segundo as previsões conhecidas, situar-se-ia muito provavelmente em 1%. No essencial, ficou consubstanciada, em alguma medida, o sentido da vontade do CA.
Da parte do STML, sempre com a anuência dos trabalhadores que representa e o legitimam, houve alguma transigência face à proposta inicial, considerando os argumentos apresentados pelo CA, ou seja, reconfigurou-se a proposta inicial, procurando aproximar posições. Caminho que o CA, por seu lado, recusou fazer. Mesmo num patamar de maior flexibilidade da parte de Sindicato e trabalhadores, a disposição do CA manteve-se imutável durante as reuniões seguintes.
Alavancando o conceito de negociação, ou seja, obter os acordos possíveis através de cedências mútuas, cedo se percebeu pelo decorrer desta última ronda negocial, que o CA se mantinha inflexível na sua posição. Torna-se assim difícil afirmar que estamos, de facto, perante um processo negocial, principalmente quando umas das partes se mantêm irredutível. Tendo em conta que o STML não estava mandatado para acordar um valor tão desconforme com a proposta-base, irá debater com os trabalhadores os caminhos a seguir.
Para inícios de setembro, prevê-se nova ronda negocial. Contudo, face à estratégia negocial do CA, será inevitável importar uma certa sensação de déjà vu...
Informados, esclarecidos e unidos, somos mais fortes!
Sindicaliza-te e dá força ao nosso, ao teu Sindicato, o STML!
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