Os trabalhadores da limpeza urbana da Junta de Freguesia de Campolide realizaram hoje, dia 14 de Novembro, um plenário convocado pelo STML, junto à sede da Junta.

A concentração teve como objectivo entregar ao Presidente André Couto o abaixo-assinado que recolheu a concordância da imensa maioria dos trabalhadores deste importante sector profissional.

Recebidos pelos responsáveis da Junta de Freguesia, assumiu o seu Presidente o compromisso em reunir brevemente com o Sindicato no sentido de debater e encontrar soluções aos vários problemas denunciados.

O referido abaixo-assinado refere o seguinte:

Há vários meses que se arrastam os problemas que afectam os trabalhadores da limpeza urbana, sem merecer do respectivo Executivo da Junta de Freguesia de Campolide a devida atenção e, principalmente, as respostas necessárias. Assim,

1. Observam-se deficiências em matéria de fardamento que prejudicam os trabalhadores, nomeadamente no equipamento de verão (ausência de calças e t-shirts em qualidade e quantidade suficiente, sapatos inadequados que afectam a mobilidade dos cantoneiros), também no equipamento de inverno (camisolas com um grau de protecção baixo face às temperaturas típicas desta estação).

2. Constatam-se atrasos inaceitáveis e incompreensíveis na substituição de peças do fardamento degradadas ou irreparavelmente danificadas, obrigando os trabalhadores a usarem roupas pessoais.

3. Critica-se o peso excessivo dos carros da varredura (principalmente no Posto de Limpeza da Serafina) que constrange os cantoneiros que têm que se deslocar para zonas geográficas mais afastadas. Materiais que deverão ser substituídos à semelhança do já realizado para o Posto de Limpeza de Campolide.

4. Face às disposições na Lei do OE/2018 sobre o descongelamento das progressões na carreira, às quais se associa impreterivelmente a avaliação através do SIADAP, não se compreende como existem trabalhadores sem avaliação a pouco mais de três meses do fim do ano. Exige-se o cumprimento da Lei, quer na realização da avaliação, quer na contabilização e informação dos pontos a todos os trabalhadores.

5. Considerando os assuntos imperativos que obrigam os trabalhadores a deslocarem-se à sede da Junta, os mesmos devem ser efectuados durante o horário laboral, garantindo por esta via um tratamento equitativo e justo em matérias que são, quer do interesse do próprio trabalhador, mas também da Junta de Freguesia.

6. Os trabalhos de varredura que se realizam na Praça de Espanha devem ser também organizados tendo em vista o respeito pelas necessidades biológicas dos trabalhadores, devendo garantir a Junta os cartões de acesso à instalações sanitárias que neste local se encontram.

7. Afixação em local público e visível do mapa de férias como determina a lei, isto é, até 30 de abril de cada ano.

Pelo exposto, os trabalhadores da limpeza urbana abaixo-assinado, reivindicam:

• A prestação de esclarecimentos pelo Presidente da Junta de Freguesia de Campolide face aos problemas discriminados, com a Assunção dos compromissos necessários à sua resolução no mais curto espaço de tempo.

Caso tal não se verifique, os trabalhadores decidirão com o seu Sindicato a realização das formas de denúncia e luta que se considerem oportunas e indispensáveis objectivado a defesa dos seus interesses.