Das intenções do CA ao concreto, um muro bem-intencionado se ergue...
O STML reuniu a 5 de Junho com o Conselho de Administração (CA) da EGEAC. O objetivo desta reunião centrou-se, quase exclusivamente, na resposta que trabalhadores e Sindicato aguardam desde Fevereiro à proposta de aumento salarial para 2018, concretamente de 4% com aumento mínimo de 60 euros.
Apresentando argumentos em torno das dúvidas sobre a interpretação do Decreto-Lei de Execução Orçamental (DLEO), sobre a futura composição do CA ou sobre o orçamento da empresa para o corrente ano não contemplar verbas para aumentos salariais, parece o CA da EGEAC pouco empenhado em responder às expetativas dos trabalhadores.
Intenção contrariada pela célere 'nota interna' enviada a todos os trabalhadores da empresa logo após a conclusão da reunião com o STML. Fora tão ágil o CA a decidir sobre as justas reivindicações dos trabalhadores e porventura estes últimos não estariam confrontados com um cenário, ainda não totalmente fechado é certo, de atingirem uma década de estagnação salarial. É obra!
Para o fim do mês de Julho prevê-se a realização de uma nova reunião entre o STML e o CA, onde se espera que, ainda em 2018, seja feita justiça a todos os trabalhadores que na EGEAC esperam há demasiado tempo por um aumento salarial. Aumento que deverá contemplar os merecidos e incontornáveis retroativos a 1 de Janeiro de 2018.
Temos noção, contudo, que a proposta que defendemos e o aumento que consubstancia, não compensa na íntegra os anos de perda salarial provocada pela política de congelamentos, quer imposta pela ausência de vontade política, quer pelas sucessivas Leis de Orçamento do Estado (LOE). Mas pode minimizar, de forma séria, responsável e exequível, muitos dos constrangimentos provocados pelos períodos de austeridade cega, arbitrária e inaceitável.
Em suma, caberá aos trabalhadores a última palavra, sabendo que só com a união, a confiança e a força de todos, poderemos salvaguardar as probabilidades em atingirmos o desfecho desejado que passa obviamente pela negociação e aumento salarial, já em 2018 como o Acordo de Empresa determina e a LOE e o DLEO permitem.
Outros assuntos foram debatidos, nomeadamente sobre o futuro dos postos de trabalho da equipa do Maria Matos Teatro Municipal; mobilidades; diferenciações salariais injustas entre trabalhadores que desempenham a mesma função; verbas devidas por trabalho realizado em 2015, especificamente na Casa Fernando Pessoa. Assuntos que serão esclarecidos no Plenário Geral agendado para 7 de Junho, às 10h30 no Cinema de São Jorge. A participação de todos, uma vez mais, é fundamental para nos guiarmos pelas melhores e mais consolidadas decisões.
Com o teu, o nosso Sindicato, somos mais fortes, mais consequentes! Sindicaliza-te no STML
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