O STML desenvolveu a 26 de Janeiro uma ação de sensibilização junto dos trabalhadores do Edifício Municipal do Campo Grande, local de trabalho com mais de 1.500 trabalhadores!
Realizou-se uma distribuição de vários panfletos que, através do humor (recorrendo principalmente à sátira e ironia), relembraram os sérios problemas que afetam os trabalhadores e que há muito são do conhecimento dos responsáveis máximos da autarquia, cabendo a estes últimos prover as respostas, céleres e consequentes, que até ao momento não se vislumbraram.
Caberá aos trabalhadores, com o seu Sindicato, assumir as dinâmicas necessárias que objetivem alcançar as soluções a cada um dos dez problemas (prioritários) identificados.
1. Para um ambiente mais caloroso, foi decidido desligar o ar condicionado no Verão e no Inverno, queremos promover o calor humano em vez do calor artificial [Deficiências com os equipamentos de ar-condicionado].
2. Promoção da actividade física: os elevadores deixam de funcionar a horas incertas. Pede-se que não os utilizem perto do fim-de-semana... ou então levem um farnel, uma mantinha e um garrafão... para eventuais necessidades fisiológicas. [Elevadores avariam regularmente. Houve quem já ficasse preso, até 45 minutos.]
3. HÃ? O QUÊ?! NÃO PERCEBI? EU TENHO A REDE TODA MAS NÃO TE CONSIGO OUVIR... ALÉM DISSO ESTOU AQUI AO TEU LADO! [Ruído ensurdecedor decorrente das obras no edifício.]
4.Aumente os seus conhecimentos sobre a vida animal: Blattaria é uma subordem de insectos cujos representantes são popularmente conhecidos como baratas. As baratas domésticas são responsáveis pela transmissão de várias doenças, através das patas e fezes. Por isso são consideradas perigosas para a saúde dos seres humanos. Uma das espécies mais conhecidas é a Barata-municipal, Blattella municipalis, que podemos encontrar em vários departamentos da Câmara Municipal de Lisboa. [Baratas um pouco por todo o lado. Exige-se um processo de desbaratização regular.]
5. A CML, empenhada em promover o comércio local, pede aos seus colaboradores que participem nesta sua linda acção e experimentem as várias ofertas de restauração ao redor do edifício. Ao mesmo tempo, pede-se que evitem utilizar o refeitório para não o sujar (e para não incomodar as baratas residentes!) [Ausência de refeitório no maior local de trabalho da CML, mais de 1.500 trabalhadores.]
6. Está quase... agora só falta actualizar o software... mas parece que não vai dar porque o hardware não aguenta... o colega do lado também tem o mesmo problema... se voltar cá na próxima semana talvez eu já tenha conseguido imprimir o seu deferimento. Ainda assim, são duas páginas: pode ser complicado...[Parque informático deficiente lentidão face ao trabalho a realizar.]
7. Aquela cópia que foi parar ao lixo a semana passada? Não há problema Sôtôr: é só procurar aqui no lixo. No lixo, sim. Desde que aquela empresa começou a fazer a "limpeza" aqui na Câmara, também posso fazer UNDO sem computador. Se quiser também lhe digo o que comi a semana passada... Sôtôr?! Desligou! [Limpeza inadequada: a empresa privada contratada não responde às necessidades e são os próprios trabalhadores que por vezes limpam o seu local de trabalho.]
8. Dá aí um jeitinho para pôr estes dossiers em cima do computador em baixo da fotocopiadora que está na prateleira do canto...[Espaço de trabalho exíguo em alguns pisos.]
9. O Sôtôr precisa que eu traga o meu carro amanhã para eu ir fazer entregas e que trate do meu expediente pelo caminho?! [A ausência de viaturas de serviço leva a que as pessoas utilizem muitas vezes as suas viaturas particulares para realizar trabalho da CML.]
10. Porquê que não venho de transportes públicos? Quando os houver de jeito até venho! Mas eu venho de fora de Lisboa e de transportes demoro quase duas horas para aqui chegar. Além disso o passe está mais caro que o carro. Se eu conheço o Metro?!?![Estacionamento limitado no Parque do Edifício. Os lugares disponíveis para os trabalhadores são poucos e mal distribuídos.]
Faltará questionar quem de facto "brinca" com as condições de trabalho e com a vida destes trabalhadores, não adotando as decisões necessárias à resolução dos problemas discriminados. O STML continuará a exigir respostas, a quem de direito!
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