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Junta de Freguesia das Avenidas Novas: Limpeza Urbana a caminho da privatização Versão para impressão Enviar por E-mail
Sexta, 30 Outubro 2015 16:02

cantoneiro reduzidoAo fim de pouco mais de um ano e meio, confirmam-se algumas das preocupações que levaram o STML a denunciar e combater o processo da reforma administrativa da cidade, projecto político do PS, que contou com a cumplicidade do PSD, originando o desmantelamento de importantes serviços municipais, como o da limpeza urbana.

Relembramos que o STML alertou exaustivamente sobre os perigos de uma transferência abrupta, irrefletida e irresponsável de meios humanos e materiais, já de si insuficientes na CML, para as juntas da cidade. Soma-se negativamente a forma como todo o processo decorreu, sempre contra a vontade dos trabalhadores envolvidos.

Na JF das Avenidas Novas, os problemas agravaram-se pela inércia e arbitrariedade do seu executivo que, a título de exemplo, só agora, 17 meses depois, decidiu avançar nas obras de requalificação do posto de limpeza de São Sebastião, reivindicação há muito exigida pelos trabalhadores e sindicato.

Aliás, é sintomático que a resposta inicial do executivo PSD à luta travada por melhores condições de trabalho, materializada num desfile e manifestação à porta da sede da Junta, tenha passado, não pela resolução dos problemas tornados públicos pelos trabalhadores, mas pela imposição de medidas repressivas como o corte de trabalho extraordinário que, além de os prejudicar financeiramente, deteriorou a qualidade na limpeza das ruas da freguesia.

Agora, o executivo das Avenidas Novas numa espécie de fuga prá frente decide contratar uma empresa privada para a prestação do serviço público, opção provavelmente mais dispendiosa para o erário público, em vez de optar por uma organização do trabalho mais eficaz, assumindo a contratação dos trabalhadores considerados necessários a esse objetivo.

Quando questionados pelo STML, os responsáveis políticos desta Junta de Freguesia afirmam tratar-se de uma 'experiência temporária e limitada a uma parte da sua área geográfica', mas como a História recente nos demonstra, o que é hoje "temporário", amanhã poderá ser definitivo, abrangendo inclusive a totalidade do território, e consumando assim, e de facto, a privatização dos serviços públicos da limpeza nesta Freguesia.

À semelhança de casos análogos, não esquecemos que a assunção por uma empresa privada
da gestão e exploração de áreas de interesse público procura, no essencial, maximizar o lucro e não satisfazer propriamente o interesse geral. Num contexto de privatização, são também os postos de trabalho que ficam em risco.

 

Certo é, que os atuais trabalhadores da limpeza urbana da JF das Avenidas Novas, têm como principal objetivo prestar um serviço público de qualidade a quem reside e trabalha nesta freguesia. Mas, para que tal aconteça, devem reunir os meios necessários a esse propósito, o que implica, além de condições dignas de trabalho, o número adequado de meios humanos e materiais.

 

 

//A LUTA DOS TRABALHADORES E DO SINDICATO, É TAMBÉM A LUTA NA DEFESA DOS DIREITOS DA POPULAÇÃO DA FREGUESIA DAS AVENIDAS NOVAS A 

SERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE, E PORQUE O PÚBLICO É  DE TODOS E O PRIVADO SÓ DE ALGUNS! \\

 

 

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