Sinistrados de Trabalho têm Direito a transporte adequado e à transparência nas suas avaliações médicas! |
Sexta, 10 Agosto 2012 09:59 |
Há algum tempo a esta parte, os sinistrados de trabalho que se encontram em tratamento e recuperação têm vindo a ser confrontados com o fim de utilização de táxis no âmbito das suas deslocações para tratamentos e consultas. Se é verdade que nem todos os sinistrados necessitam de utilizar táxis, também é verdade que retirar táxis a sinistrados com evidentes dificuldades de mobilidade, impondo arbitrariamente a utilização de outros transportes públicos, pode contribuir para o agravamento das lesões ou atrasos na sua recuperação. Esta alteração do tipo de transporte parece-nos ser uma medida puramente economicista e fortemente prejudicial para os sinistrados de trabalho. Ao Ignorar frequentemente relatórios dos médicos especialistas, os Médicos do Trabalho justificam verbalmente estas decisões, com “orientações superiores”. Por outro lado, a Câmara Municipal de Lisboa escuda-se em “decisões técnicas” dos médicos dos Serviços de Medicina do Trabalho. Aparentemente neste processo, alguém não fala a verdade. Contudo, os prejudicados continuam a ser os mesmos, ou seja, os trabalhadores acidentados que, deste modo, sofrem duplamente. Sofrem com o acidente que os vitimou e sofrem com as medidas extremamente reprováveis e demonstrativas de uma insensibilidade gritante por parte dos responsáveis da autarquia. Para tentar ultrapassar o problema, o STML reuniu no passado dia 7 de Agosto, com o Director do Departamento de Segurança, Higiene e Saúde (DSHS). Nesta reunião propusemos duas medidas simples:
Infelizmente, para estas simples reivindicações a resposta obtida foi negativa. Iremos insistir em práticas transparentes e não persecutórias que assegurem aos sinistratos de trabalho condições dignas para ao seu tratamento e recuperação. Convidamos os sinistrados a exigirem ao Médico do Trabalho uma justificação escrita sempre que considerem que, a utilização de transportes colectivos públicos, se tornem penosos e desadequados para o seu tratamento e recuperação. O STML compromete-se a tudo fazer para resolver estes e outros problemas que afectam os trabalhadores acidentados. Se o DSHS se recusar a considerar as nossas propostas, levá-las-emos ao Presidente António Costa.
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