Nota aos Órgãos de Comunicação Social |
Terça, 10 Julho 2012 10:11 |
A prestação de Socorro à cidade de Lisboa está em causa. O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, vem denunciar a falta de meios materiais no Regimento de Sapadores Bombeiros de forma a poder assegurar um socorro absoluto à cidade de Lisboa.
Desde o dia 5 de Julho que estão indisponíveis 3 Veículos Urbanos de Combate a Incêndio (VUCI) para sair para socorro, agravando assim a já débil prestação de socorro à cidade, começada a sentir desde que a Câmara Municipal de Lisboa, em Março último iniciou uma reestruturação no seio do RSB (regimento de sapadores bombeiros).
Estas viaturas são os veículos de primeira intervenção em qualquer teatro de operações, estando estas avariadas e não existindo outras para as substituir. O socorro nas zonas de intervenção dos quartéis da Graça, Alvalade e Chelas, está claramente em causa, colocando também em risco os munícipes e os seus bens numa área enorme da cidade de Lisboa.
Além desta situação existem outras que se têm vindo a agravar, como é exemplo o facto de apenas existirem dois Auto Escadas (AE) para toda a cidade de Lisboa, tendo o Regimento mais dois(AE) que se encontram desativados há vários meses, por pequenas avarias que tardam em ser reparadas. Se ocorrerem dois incêndios em simultâneo, o que é vulgar, estará criada uma situação de risco elevado, pois é frequente a necessidade de utilizar 2 auto escadas num só incêndio, o que fará com que no segundo incêndio não seja prestado um socorro cabal, podendo resultar em perdas de vidas humanas e de bens materiais.
O STML teve também conhecimento que das quatro ambulâncias de socorro que o RSB detém, há várias semanas estão todas elas impedidas de poderem prestar socorro por avarias ou impedimentos de vária ordem. Esta situação além de ser perigosa para os munícipes, pois vêem-se privados de um socorro e um transporte imediato, ou no caso de num teatro de operações, por acidente, necessitarem de ser transportados para meio hospitalar. A ausência de ambulâncias contraria as ordenanças estabelecidas. (viaturas necessárias para uma ocorrência tipo)
O STML aquando do início da reestruturação denunciou a estratégia operacional que colocava um dos dois veículos de desencarceramento, de reserva. Após esta medida ocorreram vários acidentes em que ficou patente a ineficaz prestação de socorro, pela morosidade e isso devido ao facto do veículo de desencarceramento estar muito afastado da ocorrência. Estes acidentes vieram dar razão ao STML, sendo reposta a normalidade, que passa por estarem as duas viaturas em prontidão para sair.
O STML vem denunciar novamente esta situação e exigir que seja reposta a prontidão das duas viaturas em causa, pois a viatura de desencarceramento sediada no quartel de Monsanto, outra vez por questões de estratégia operacional, está á condição com uma segunda viatura de socorro. O mesmo é dizer que, se a segunda viatura sair, a cidade de Lisboa ficará outra vez apenas com um veículo de desencarceramento, sujeitando-nos aos constrangimentos anteriores.
Nunca o RSB passou por este tipo de restrições. Houve e sempre e haverá como em todas as estruturas, momentos altos e baixos, mas nunca o socorro tinha sido posto em causa a este nível. Atualmente devido à falta de operacionais, de equipamentos (viaturas, EPI, quartéis sem condições) e erradas opções de estratégia operacional, se nada for feito em contrário, aumentarão certamente os constrangimentos aquando da prestação do socorro, estando assim a vida dos munícipes em maior risco.
Lisboa, |