A Greve Geral é mais um sinal inequívoco do descontentamento dos trabalhadores perante este governo e a sua política de retrocesso social e económico!
O STML saúda todos os trabalhadores do município de Lisboa que corajosamente aderiram à Greve Geral do passado dia 22 de Março.
Num contexto de intimidação, chantagem e silenciamento, a prova material que os trabalhadores não aceitam a política que impõem sacrifícios atras de sacrifícios, foram os inúmeros serviços, equipamentos e instalações municipais encerrados ou a funcionar precária ou parcialmente.
Ao longo da preparação desta luta maior dos trabalhadores, foram silenciadas pelos órgãos de comunicação social, a mando do actual governo, as razões que estiveram na origem da sua convocação.
Foram muitas as causas, todas legítimas, que justificaram a Greve Geral e justificam a continuação da luta!
A desregulamentação dos horários de trabalho, a generalização do banco de horas, a aplicação da lei da mobilidade especial em articulação com a mobilidade geográfica sem restrições, o fim do descanso compensatório, a redução do valor até 50% do trabalho extraordinário, a imposição de mais dias de trabalho através da extinção de feriados, a extinção de freguesias com a eliminação de milhares de postos de trabalho, a alteração das competências das autarquias com a consequência nefasta no despedimento de milhares de trabalhadores da administração local...
Num contexto em que se constata a essência antidemocrática cada vez mais acentuada das políticas do governo, somos simultaneamente empurrados para a maior crise económica e social de que há memória!
Por estes motivos, é de salientar a coragem, a determinação e principalmente, a consciência de todos os trabalhadores da CML e das empresas municipais que perceberam a importância da Greve Geral, através da qual, deram um sinal inequívoco de contestação ao governo liderado por Passos Coelho e Paulo Portas mas também ao executivo camarário liderado por António Costa.
A Greve Geral de 22 de Março foi uma luta política, aliás como todas as greves gerais na história do mundo! Contudo, não foi a greve geral de alguns trabalhadores contra as populações ou contra outros trabalhadores como afirmaram os comentados nas várias televisões ao serviço dos mesmos de sempre! Foi uma luta de todos os trabalhadores portugueses, do sector público e do sector privado que sentem neste momento as agruras, dificuldades e dramas causados por uma política objectiva que favorece os interesses dos grandes grupos económicos e financeiros, com destaque para os bancos privados, em detrimento da esmagadora maioria da população.
Saudamos os resultados possíveis de apurar no município de Lisboa:
REGIMENTO DE SAPADORES BOMBEIROS
1ª Companhia – 72%
2ª Companhia – 86%
3ª Companhia – 100%
4ª Companhia – 93%
CIE – 94%
ANA – Central Telefónica – 100%
LIMPEZA URBANA
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Período nocturno
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Período diurno
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Zona 1
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71%
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59%
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Zona 2
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58%
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73%
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Zona 3
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70%
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68%
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Zona 4
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69%
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52%
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Zona 5
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79%
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77%
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Zona 6
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81%
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78%
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Zona 7
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76%
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81%
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Zona 8
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73%
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76%
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Garagem de Remoção
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54%
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70%
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DRMM
Oficinas de Reparação e Manutenção Mecânica – 81%
EGEAC
Padrão dos Descobrimentos – encerrado.
Castelo de São Jorge - encerrado
Teatro Maria Matos – 70%
Sobre os restantes sectores profissionais e edifícios municipais, não foi possível ou disponibilizado ao STML na presente data os respectivos dados da adesão à Greve. Fá-lo-emos oportunamente.
Quem luta, pode não ganhar, mas quem não luta, perde sempre! É com esta profunda convicção que o STML exorta todos os trabalhadores, os que fizeram e os que não fizeram greve a continuar a luta que é de TODOS E TODOS DEVE ENVOLVER!
Unidos, seremos sempre mais fortes!
Viva a luta dos trabalhadores do município de Lisboa!
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