Todos reconhecemos que a actual situação que o país atravessa é difícil e inseparável do papel que os sucessivos governos do PS, PSD, e CDS assumiram nos últimos 35 anos. A coberto desta conjuntura crítica, a intervenção externa por parte da União Europeia e do FMI está a misturar-se nos destinos do país, ensombrando a autonomia de Portugal onde são aplicadas medidas injustas e prejudicais aos interesses de quem trabalha e não tem a mínima culpa da situação em que nos encontramos. 

As medidas criadas contra os trabalhadores e contra o país têm um efeito desastroso, que conduzem ao agravamento da economia com mais privatizações na área da saúde, da educação, desarticulação dos serviços públicos, limitação dos salários, da protecção social, dos direitos, e leva a uma injusta distribuição da riqueza produzida.

Temos que evitar o descalabro económico, renegociar a dívida, evitar rupturas sociais. 

A necessidade de mudança na política nacional e as alternativas contra estas medidas são possíveis se exigirmos e mostrarmos o que queremos. Há mudanças e rupturas que tem de ser materializadas a 5 de Junho. 

É possível fazer uma distribuição justa da riqueza, aumentando os salários e as pensões garantindo a procura de produção interna. Para tal, será necessário produzir muito do que se consome, respeitar quem trabalha e exigir a evolução da contratação colectiva no rumo do progresso, investir nos serviços públicos, assegurar as funções sociais do Estado para todos e com qualidade, fazer pagar mais quem tem maior riqueza e combater a fuga fiscal.

Vamos usar a nossa força para exigir mais emprego, salário e direitos.

Na Câmara Municipal de Lisboa, os trabalhadores são, foram e serão sempre parte da solução. Reestruturações sem a participação dos Trabalhadores são nefastas porque têm subjacente a “externalização” de serviços e consequentemente, o despedimento de trabalhadores que querem, sabem e gostam de trabalhar, quando motivados por sistemas que não promovam discrepâncias entre quem trabalha e quem “lambe botas” a superiores hierárquicos que continuam a entrar na Câmara Municipal de Lisboa pela cor do cartão político que possuem.

Não podemos esquecer a suspensão dos concursos de cantoneiros e motoristas, pela ameaça do FMI (afirmou António Costa), que poderá impossibilitar a introdução do horário de trabalho de 5 dias da semana para centenas e centenas de trabalhadores e que inclusive, ameaça despedir mais de 100 trabalhadores com contrato a prazo. É igualmente o risco de ruptura dos próprios serviços perante a população e cidade de Lisboa. Contudo, dinheiro há! Há 26 milhões de euros para a gestão dos jardins da cidade a ser efectuada por um grupo de 10 empresas. Há 18 milhões de euros para um Clube de Lisboa. Pelo que constatamos, só não há dinheiro para o imprescindível e urgente reforço de pessoal e meios técnicos da autarquia.

No próximo dia 19 de Maio de 2011, às 14:30 Horas os trabalhadores unidos mostrarão que outro rumo é possível para a cidade de Lisboa e para o país.   

Podemos e devemos reagir.

Mostraremos que a opção de quem trabalha passa por uma nova política contra a precariedade em larga escala.

Queremos,

• a valorização das carreiras,
• a promoção de estabilidade no emprego,
• melhores salários,
• maior protecção social,
• menos austeridade e pobreza promovidas pelos partidos do costume PS, PSD e CDS-PP.

Não queremos a ingerência do FMI e União Europeia.

A concentração do STML terá lugar às 14:30 horas no Largo do Calvário

 junto à “Promotora” e à Videoteca Municipal.

Aí aguardaremos pelos Trabalhadores que vêm de São Bento e juntos, caminharemos até Belém

  porque lá também mora um culpado do estado a que chegou o Estado.

Todos os trabalhadores do município terão dispensa ao abrigo da Lei Sindical, das 13h00 às 18h00.

Lutemos hoje, amanhã e sempre pela manutenção dos direitos conquistados.

Não nos enganem mais…

O MOMENTO DE VIRAGEM POLÍTICA É AGORA