19 de Março, é dia de indignação, protesto e luta contra o roubo dos salários, o ataque aos direitos, a degradação do poder de compra e a destruição dos serviços públicos. Temos direito a uma vida melhor, dizemos não à injustiça e à imoralidade.
O teu protesto tem mais força na luta de todos nós!
Que ninguém se cale, que ninguém fique em casa!
A crise económica do capitalismo continua a ser o argumento para a degradação das nossas condições de vida, com o violento aumento de impostos, descontos do custo de vida em geral e agora com o anúncio de mais um plano de austeridade, o quarto! Nova subida de impostos, aumento da idade de reforma, roubo do subsidio de férias ou de natal, redução das pensões e reformas, redução e/ou extinção de subsídios sociais.
Mas os poderosos e os senhores do dinheiro continuam a aumentar as margens de lucro e a capacidade de exploração, fugindo ao fisco e a aumentando cada vez e escandalosamente as grandes fortunas.
Quem pode viver assim?
Passaram dois meses e todos nós já percebemos que no início deste ano, há menos dinheiro na carteira de cada um. Menos salários, mais impostos e mais descontos, são os sacrifícios que nos querem impor à custa de uma crise que eles criaram. O desemprego aumenta, continuam a encerrar centros de saúde, escolas e hospitais. É preciso, é urgente mudar isto!
Assim não pode ser!
Para os trabalhadores continua o ataque aos direitos e a degradação do poder de compra.
Foi a destruição do vínculo público, foi o SIADAP e as quotas de avaliação, foi o congelamento das progressões e das promoções. É o roubo dos salários e das pensões, a retirada do abono de família, o aumento dos descontos, dos impostos e dos preços. É o aumento do desemprego, da precariedade e da instabilidade laboral.
Para aqueles que foram os causadores da crise, as benesses e os milhões.
Continuam os salários escandalosos e prémios chorudos para os executivos dos grandes grupos económicos e financeiros. Os grandes grupos económicos mantém os altos lucros à custa dos preços que nos cobram – 21 destes grupos lucraram 9,8 mil milhões de euros, após cobrança de impostos, só nos primeiros 9 meses de 2010, mais 150% que no período homologo. Só os 4 maiores bancos tiverem resultados líquidos em 2010 de 1,7 mil milhões de euros, ou seja, mais de 4,7 milhões de euros por dia.
Lutamos pela mudança!
Lutamos por um Portugal que aposte na produção e no desenvolvimento, que combata a economia clandestina, a fraude e evasão fiscal. Exigimos em Portugal que valorize o papel das autarquias como parceiro de desenvolvimento e potenciador de emprego, que valorize o emprego e os trabalhadores e atenda às necessidades e anseios das jovens gerações. É urgente um Portugal que forme e qualifique, onde se paguem salários justos e se promova a contratação colectiva como impulsionador dinâmico do progresso social. Um Portugal que se proteja os desempregados e os mais pobres. Não existem inevitabilidades, é possível e urgente mudar de políticas.
Estamos fartos, vamos à luta!
Mais uma vez os trabalhadores da administração pública juntam-se aos trabalhadores dos mais diversos sectores de actividade do país, numa grandiosa acção de protesto e luta contra a política reaccionária do governo de José Sócrates. O protesto e indignação estão na rua, ninguém se deve calar, ninguém deve ficar em casa. Todos em luta e em unidade temos mais força para fazer ouvir a nossa revolta e para exigir a mudança que o país precisa – não de caras mas sim de politicas, não de discursos mas sim de rumo.
A tua luta é a luta de todos nós!
Por uma política que respeita quem trabalha, valorize os salários, respeite os direitos, dignifique as carreiras, promova o emprego, garanta serviços públicos para todos.
O STML colocou pré-aviso de greve das 00h00 às 24h00 do dia 19 de Março.
Concentração na Rua Rodrigo da Fonseca às 14h30
(em frente ao Hotel RITZ na descida do Amoreiras) |