É tempo de dizer basta!
É tempo de sair à rua!

Temos verificado nas últimas semanas a insistência do governo, agora com a ajuda inestimável do PSD e do seu novo líder, em aprofundar as medidas, já por si extremamente negativas, que constam no PEC e até, defendendo a antecipação da sua execução, já no decorrer do ano de 2010.

Falam insistentemente em aumentar os impostos e nomeadamente o IVA, esse imposto cego que ataca todos de forma igual, apesar de terem recusado liminarmente esta ideia no período eleitoral, (há apenas 8 meses atrás!), ou retirar=roubar, na totalidade ou em parte, o 13ª Mês dos trabalhadores da administração pública, como medidas necessárias e imprescindíveis ao combate à grave crise, económica e social, que hoje se vive em Portugal.

Com doses brutais de hipocrisia e demagogia, mentiras e falácias, exigem ao povo português e em especial aos trabalhadores, primeiro do sector público e depois, por inerência, aos do sector privado, que têm que ganhar menos e simultaneamente, pagar mais impostos, pagar mais de luz, de gás, de telefone, de renda de casa, de infantário, etc., etc.

A crise de que tanto falam para justificar este autentico atentado aos nossos direitos, aspirações e interesses, além do ataque sem precedentes à soberania do nosso próprio país é, uma crise criada pelas más opções políticas, de direita, e por aqueles que as defendem e as implementam e os interesses que lhe estão subjacentes, ou seja, do sector privado, do capital.

O PEC, este instrumento de retrocesso social e estagnação económica, não resolve os problemas de Portugal, dos portugueses, dos trabalhadores. Em 2013 estaremos muito pior do que hoje, caso este PEC seja implementado, não temos dúvidas!

O PS(D), defendem com o PEC, a redução da despesa pública! O mesmo é afirmar que todos estes problemas ficarão por resolver e na sua esmagadora maioria, agravar-se-ão inevitavelmente.

O PEC é efectivamente um atentado aos nossos postos de trabalho, aos serviços públicos e, por inerência, às populações e aos serviços = direitos que lhes devem ser prestados. Se aliarmos esta estratégia do PS(D), com a ideia consubstanciada igualmente no PEC, de congelar a admissão de trabalhadores da administração pública , percebemos a clara intenção de destruir o sector público.

A luta pela defesa dos serviços públicos é uma urgência de todos os trabalhadores da administração pública em geral e em particular, dos trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa.

A luta contra o PEC significa lutar pelo nosso posto de trabalho.

Lutar contra o PEC significa lutar contra o congelamento de salários e pensões até 2013.

Lutar contra o PEC significa lutar contra aqueles que querem vender o nosso país ao desbarato e hipotecar a nossa soberania nacional.

Lutar contra o PEC é lutar contra as políticas de direita e afirmar: BASTA!

Na Câmara Municipal de Lisboa é necessário investir em inúmeros serviços através da aquisição de material e meios como:

• Equipamentos de protecção individual, luvas, botas, fardas, que realmente sirvam as necessidades diárias de quem as utiliza.
• Em ferramentas várias, indispensáveis ao trabalho diário e fundamental para a resolução dos problemas essenciais da cidade e dos seus habitantes.
• Na renovação e reestruturação do equipamento móvel e imóvel da autarquia, como as viaturas que deveriam funcionar ou os locais de trabalho que apresentam condições precárias e em muito casos miseráveis para quem as utiliza, ou seja, os trabalhadores municipais.

O desinvestimento e o esvaziamento dos serviços municipais, como a limpeza urbana, brigada de colectores, jardins, cemitérios, oficinas de reparação e manutenção mecânica, da metrologia, do desporto, da cultura, dos serviços electromecânicos, entre muitos outros, só serve um único interesse: o interesse do sector privado, do capital!

O desinvestimento e o esvaziamento referido, cria as condições objectivas para justificar a externalização e/ou privatização dos serviços públicos municipais.

Pelos nossos direitos, pelas nossas aspirações, pelos nossos interesses, enquanto trabalhadores, enquanto portugueses, dia 29 de Maio, sai à Rua!


De forma a que todos os trabalhadores da autarquia possam participar nesta jornada de luta, o STML colocou pré-aviso de greve para o período das 06h00 do dia 29 às 06h00 do dia 30 de Maio.