Exmº Senhor Vereador,
Passa pouco desde o anúncio da necessidade de mudança física do Departamento de Educação da Câmara Municipal de Lisboa.
Sem explicações para tal, todos os Trabalhadores do Departamento de Educação souberam que vão abandonar na próxima semana o 10º Andar do Bloco E do Edifício Central do Município de Lisboa e terão de ocupar até quarta-feira o 4º Andar do Bloco C.
Não vislumbrando melhoria nas condições de trabalho ou produtividade, surgiu na cabeça as preocupações da manifesta falta de cuidado na gestão dos dinheiros públicos que os actuais gestores do Departamento de Educação possuem quando em 2010 investiram mais de 10.000,00 € na substituição das alcatifas dos pisos que agora vão abandonar, para encontrar as mesmas alcatifas nos pisos que agora vão ocupar «porque tem que ser».
Mas não é só este aspecto que preocupa quem aqui trabalha.
São inúmeros os trabalhadores do Departamento de Educação que trazem a sua alimentação de casa e a aquecem em Microondas que os próprios compraram e a guardam em frigoríficos colocados no vão de escada junto aos elevadores. O novo local para onde vão mudar, não possui condições para receber o Microondas e não tem uma sala de reuniões onde possam reunir e, subsequentemente, almoçar (lembramos que o Edifício não dispõe de Refeitório).
A politica do «tem que ser» por parte dos Dirigentes do Departamento de Educação é geradora de um mal-estar entre os Trabalhadores e ficou bem patente com a forte participação destes na Greve Geral do dia 24 de Novembro.
Atento às preocupações dos Trabalhadores, o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa irá opor-se a esta mudança sem serem encontradas soluções mínimas para que esta se efectue, porque obviamente estamos do lado dos Trabalhadores e exigimos um maior cuidado com a utilização dos dinheiros públicos, sob pena de termos de denunciar publicamente a situação.
Ficamos assim, a aguardar da parte de V. Exa. uma resposta para as questões aqui apresentadas, afim de podermos informar os trabalhadores.
Com os nossos cumprimentos,
Dr. José Manuel Pereira