Na tarde do dia 22 de Outubro, o MURPI, a mais antiga organização de associações reformados do país, levou a cabo no Largo de Camões, uma iniciativa com um carácter simultaneamente político e cultural. As intervenções de caráter político e reivindicativo foram pontuadas com atuações de grupos musicais de Associações de Reformados integrantes desta confederação.

A Comissão de Reformados do STML esteve representada nesta iniciativa que contou com o apoio da Inter-Reformados / CGTP-IN. Estiveram presentes reformados e pensionistas de Lisboa, Setúbal, Beja, Santarém e Leiria.

Nas diversas intervenções constatou-se uma visão comum quanto à situação e perspetivas dos reformados e pensionistas no atual contexto político. Nos aspetos positivos, destacaram-se: desagravamento da sobretaxa do IRS e a sua eliminação total em 2017, a reposição dos complementos de pensões aos reformados das empresas públicas, o reforço dos cuidados de saúde primários, bem como a melhoria das condições de acesso ao Complemento Solidário para Idosos. No entanto, foi claramente manifestada grande insatisfação pelos magros aumentos das pensões verificados em 2016, de 0,4% nas pensões até 628 euros, que se traduziu em valores entre 98,5 cêntimos e 2,5 euros por mês e pela manutenção do congelamento de todas as outras.Foi recordado que os reformados, pensionistas e idosos perderam cerca de 7% do seu poder de compra desde 2010. «Defendemos o aumento de todas as pensões e o aumento de 10 euros deve ser alargado ao maior número de reformados e pensionistas, porque esse aumento está previsto só para pensões até cerca de 600 euros», disse à imprensa o presidente MURPI, Casimiro Menezes, a propósito do OE 2017, cuja discussão foi agora iniciada na Assembleia da República.

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